A beleza de sua alma não estava na ternura com a qual tratava as pessoas; não se assentava em sua religiosidade, nem na falta de ambição. Estava no equilíbrio entre a realidade e suas expectativas. Vinha da consciência de sua fragilidade física e emocional, da consciência de que o fracasso de algumas experiências marcou o caminho apenas para que não relaxasse administrando o sucesso, e de que suas excentricidades sempre significariam, para alguns, uma margem socialmente plausível de loucura.Antes de olhar a multidão de frente, ele precisava justificar-se em sua posição, deixar a sabedoria adquirida encontrar a simplicidade do indivíduo. E assim as memórias do Padre Célio o envolviam no altar.
*Por: Johnny Oliveira Dias
Os fatos surgiam em flashes na sua mente. Tinham raízes em um tempo distante, levando-o à fazenda onde morava no interior de Goiás, no dia em que contara à família de sua opção pelo