A ponte dos horrores – CartaCapital
O aplicativo toca pela oitava vez naquele dia. Aparentemente é só mais uma segunda-feira e lá vou eu buscar a Camila.
Camila é uma daquelas passageiras que dá gosto de conversar. Jovem, cheia de amor pelo seu namorado e esbanjando vida. Mal sabia ela que caminhávamos em direção à morte, senão à morte da vida, à morte da empatia.
Saímos do endereço inicial e em três minutos estávamos na Terceira Ponte, principal ligação entre Vila Velha e Vitória, a capital do Espírito Santo. Sou obrigado a parar um quilômetro à frente por causa de uma interdição. Depois de cerca de três minutos parado, peço licença a Camila para sair do carro e verificar o que se passa.
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Logo à frente vejo um jovem senhor pendurado na ponte. Apenas 10 carros na minha frente. Uns 200 metros me separam daquele homem, além de uma viatura da PM
Como fazer
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.
(Salmos 34:19)
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