R. Tutóia, nº 921. Se não fossem as flores colocadas nos Dias de Finados e os eventos para lembrar as vítimas da ditadura militar brasileira, a fachada cinza do conjunto de prédios que abrigou o principal centro de detenção e tortura de São Paulo entre 1970 e 1982, o DOI-Codi, seria só mais um componente urbano do bairro do Paraíso, na Zona Sul da capital.
Tombado em 2014 e até hoje uma delegacia policial, o endereço aguarda há seis anos o próximo passo para virar um espaço de memória e resistência: um memorial para preservar a história de quem morreu ali, de quem foi torturado, e um túmulo para velar aqueles cujos corpos nunca foram encontrados.
"Sabia que tinha gente que ia levar flores, antes do tombamento? Deixava no Dia de Finados na porta do DOI-Codi o