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Tutóia, 921: a luta para transformar o DOI-Codi em um memorial de resistência | Brasil

Até 1974, 50 pessoas foram mortas no DOI-CODI; a Comissão Nacional da Verdade conseguiu identificar 32 pessoas que perderam a vida no local entre 1969 e 1982. Esses são seus nomes
Arte: Malu Mões

Até 1974, 50 pessoas foram mortas no DOI-CODI; a Comissão Nacional da Verdade conseguiu identificar 32 pessoas que perderam a vida no local entre 1969 e 1982. Esses são seus nomes

R. Tutóia, nº 921. Se não fossem as flores colocadas nos Dias de Finados e os eventos para lembrar as vítimas da ditadura militar brasileira, a fachada cinza do conjunto de prédios que abrigou o principal centro de detenção e tortura de São Paulo entre 1970 e 1982, o DOI-Codi, seria só mais um componente urbano do bairro do Paraíso, na Zona Sul da capital.     

Tombado em 2014 e até hoje uma delegacia policial, o endereço aguarda há seis anos o próximo passo para virar um espaço de memória e resistência: um memorial para preservar a história de quem morreu ali, de quem foi torturado, e um túmulo para velar aqueles cujos corpos nunca foram encontrados.