Sara Rodrigues tem 24 anos, é mãe de uma criança de cinco e está grávida. Educadora popular, mobilizadora social e ativista dos direitos humanos, ela tem residência fixa, é trabalhadora de carteira assinada e não tem antecedentes criminais. Nada disso e nem mesmo o duro contexto da pandemia do novo coronavírus foram suficientes para impedir sua prisão por tráfico e associação ao tráfico, tida como ilegal por pelo menos 75 coletivos e organizações da sociedade civil, que assinam uma carta de abaixo-assinado.
A prisão de Sara, que milita nos movimentos sociais Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (Renfa) e Coletivo de Mães Feministas Ranúsia Alves, escancara as violações de direitos por parte da polícia e a criminalização das mulheres nas periferias por conduta de seus companheiros. A