ESPIA SÓ! A NOIVA DO CASARÃO DA RUA CHERMONT
Por Itamar Rodrigues Paulino.
Em tempos pandêmicos a alma abre fresta para a poesia e a mente por um minuto relaxa o corpo ansioso e cansado do silêncio agitado do isolamento. Hoje meu relax foi fazer essa poesia me solidarizando à cidade de Óbidos que também passa por tempos sombrios nessa pandemia, no Baixo Amazonas. Fique a vontade para ler, contemplar, comentar, compartilhar....
ESPIA SÓ! A NOIVA DO CASARÃO DA RUA CHERMONT
Por quê? Por quê, incauto navegante,
Flutuas zimbando veloz
Por sobre incontroladas maresias
Nos dias de agito e folia?
E nas noites de calmaria
Fica à mercê do vento taful?
Por quê? Desordeiro navegante
Bambeias breado e embriagado
Por sobre fortes banzeiros
Dos grandes navios ferreiros,
Com seu pô-pô-pô voadeiro
Rasgando o rio encarnado.
Te escangalhas nesta sina
Por não dar conta da fuga
Do teu destino implacável
Perdurante, ardilos
Como fazer
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.
(Salmos 34:19)
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