O habeas corpus do nordestino e o "Brasil" de Capistrano de Abreu
Publicado 21/07/2019 01:39
Há uma tradição do Nordeste que pode ser útil nesse momento em que o presidente da República, Jair Bolsonaro, se manifesta na sua inteireza. É a autoridade que se empresta ao que pertence a alguém por direito. O chapéu de couro é o seu habeas corpus. Se for pendurado em uma cerca de um terreno litigioso, por exemplo, quem o derruba afronta o valente a quem ele pertence. Quem desrespeita o chapéu, desrespeita o dono.
Bolsonaro atentou contra o chapéu de couro dos nordestinos. Ou seja: ao chamá-los de “paraíba”, num impulso redivivo dos agudos brados de um certo Adolf Hitler, ele rompeu o limite de qualquer contemporização. Além de abusar de uma palavra que representa muito para o Nordeste e para o Brasil, utilizando-a de forma pejorativa, tentou desqualificar um povo que traz a dignidade na alma.
A manifestação de Bolsonaro é ideológica. Ela reflete a ideia de um pequeno setor do Brasil que se imagina mais capaz, mais limpo, gent
Como fazer
O Senhor é bom, um refúgio em tempos de angústia. Ele protege os que nele confiam.
(Naum 1:7)
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