Joan Edesson de Oliveira: Gonzagão, a morte de um rei
Publicado 02/08/2019 15:10 | Editado 13/12/2019 03:29
Gonzagão: A morte de um rei
Agosto de 1989. No Nordeste, ainda ecoam os acordes das sanfonas, que por aqui as festas juninas duram dois meses, indo do comecinho de junho até os fins de julho. Já se foram, a esta altura, as últimas chuvas daquilo que chamamos de inverno, o breve período das águas, quando elas porventura aparecem. O pau d’arco rosa enfeita a caatinga, a copa esplendorosa, o rosa cheiroso enchendo os olhos e as narinas. No sertão se fala que a flor do pau d’arco não cai na lama, significando que na sua floração as chuvas já arribaram.
No hospital Santa Joana, no Recife, um rei agoniza.
Lá fora há um som de triângulo, e os gritos de um menino anunciam a venda de cavaco chinês, chegadinha em outros cantos. Um dia, o velho rei correu atrás de um menino assim, encantado com aquele som, com a musicalidade daquele instrumento. Colocou aquele instrumento ao lado da sua sanfona, juntamente com a zab
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação.
(Salmos 118:14)
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