Seio, mama, peito - (I)
Vicente Serejo
Começo pelo ‘seio’, Senhor Redator. É assim que está posto na capa de ‘A História do Seio’, de Marilyn Yalom, e que parece ter merecido a sua única tradução em português, publicada pela Teorema, de Lisboa, em 1997. Com o tempo que a tudo aplaina, o pudor foi sendo afastado aos poucos, e hoje as expressões ‘seio’ e ‘mama’ ficaram reservadas à sisudez. O peito ganhou a liberdade de poder existir livremente, sem a censura daquele velho e desdenhoso dar de ombros.
Aliás, como detalhe de humor, gosto de repetir a reação de Luiz Maria Alves quando um copidesque do Dário de Natal tascou na cabeça da página policial – era sempre a sexta página do primeiro caderno: “Mulher assassinada com tipo na mama”. Alves subiu as escadas da redação, foi à mesa do redator que traduzia os textos de Pepe dos Santos, o inesquecível repórter policial, e ordenou: “Neste jornal, seu Givaldo Batista, peito é peito. Mama é para consultório médico”. �
Como fazer
Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
(Apocalipse 3:11)
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