Sambas e arquibancadas - Tribuna do Norte
Ser filho de boêmio idealista me fez bem e mal. O lado ruim é a eterna crença na espécie humana que acabou com a vida de quem herdei o sentimentalismo. A boa é gostar de futebol e samba.
Adoro samba. Samba de verdade, samba de quintal, de raiz, de versejadores, de quem produz aos repiques e tamborins soando, melodias e não ladainhas dos caipiras que fingem fazer música para quem ouve com controle de qualidade abaixo de zero. Tipo madame de salto alto.
O samba é povão, é intuição, é suavidade, é adoração. O repertório que conheci nas mesas do velho bar Café Nice, no Alecrim, extinto reduto bamba de Natal.
Aprendi a gostar de Paulinho da Viola, com o Pagode do Vavá, onde a plebe prova do feijão da Vicentina e sabe que a coisa é divina.
Onde me apresentaram à obra de Martinho da Vila para dela nunca mais me separar. Há um samba-enredo, chamado Gbala, no Templo da Criação que se fez hino em minhas idas ao estádio Castelão para ver o ABC jogar.
A ba
Como fazer
O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação.
(Salmos 118:14)
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