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Futebol brasileiro: Renovação ou depreciação?

marcin049 / Pixabay
marcin049 / Pixabay

Fazer um paralelo entre o futebol brasileiro atual e do ano de 2002, ano da última conquista brasileira na Copa do Mundo, é até covardia. Se pegar para comparar peça por peça, na seleção de Felipão em 2002, na minha opinião, pelo menos uns 8 jogadores do time titular eram unanimidades. Contávamos com, no mínimo, 5 protagonistas (Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho, R. Carlos e Cafu) e 6 coadjuvantes de luxo. Tínhamos uma equipe altamente competitiva, com padrão de jogo, toque de bola e futebol arte como característica principal do futebol brasileiro. Em 2006, apesar de termos sido eliminados pela França nas quartas de final em uma falha individual, não podemos descartar o bom futebol apresentado pela seleção nos anos anteriores e até mesmo na Copa do Mundo. 2010 fizemos uma boa Copa do Mundo até o 2° tempo contra a Holanda, quando o time esqueceu de jogar futebol e em 2 falhas defensivas acabamos eliminados, onde o carrasco Felipe Melo foi o alvo das críticas, esquecendo os críticos do Júlio César. Já que falei do Felipe Melo, eu o vejo mais preparado para uma vaga no meio-campo da seleção do que Luiz Gustavo, Elias e Fernandinho.

Em 2014, iludidos pela conquista da Copa das Confederações no ano anterior, onde a seleção obteve grandes atuações, com destaque para Neymar, e chegou a fazer 3×0 na até então atual campeã mundial e européia Espanha, fomos para a Copa do Mundo achando que estávamos preparados e o que víamos era só festa antes das partidas e choro após cada vitória. Contra a Colômbia, perdemos Neymar, o único protagonista daquela seleção. Antes o Pinilla tivesse feito o gol aos 14 min. do 2° tempo da prorrogação daquela partida, tivéssemos perdido nos pênaltis ou até mesmo tivéssemos sido eliminados pela Colômbia nas quartas de final. Bom, fomos encarar a Alemanha na semifinal e o que vimos foi o que chamaram de “apagão”. Será que foi “apagão” ou falta de qualidade? O que vi foi o Dante extremamente perdido e o Fernandinho com um tempo e saída de bola deplorável que costuma ser corriqueiro em partidas decisivas. A partir daí, começaram a falar sobre renovação. Que a seleção deveria começar do zero, dar chances a jogadores até então desconhecidos para não perdermos mais jogadores para outros países como foi o caso do Diego Costa. Mas qual a realidade atual da seleção? Bom, vou tentar sintetizar minha opinião.

A seleção vem em decadência incrível. Hoje só temos Neymar. Mas, infelizmente, nossos dirigentes e comissão técninca não enxergam isso ou fingem que não enxergam. Até a imprensa peruana se animou em enfrentar o Brasil se o Neymar não estiver presente. http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2016/02/22/imprensa-peruana-nao-teme-o-brasil-e-cre-em-avanco-na-copa-america.htm

Com todo respeito ao trabalho de todo mundo, mas não dá para convocar jogador só pelo momento. Creio que deve ser avaliado uma temporada toda e a regularidade dentro dessa temporada e em partidas decisivas. Seleção não é lugar para “peixe pequeno”. Se fôssemos convocar a seleção pelo momento e ideias do nosso treinador, hoje iríamos para as competições mais ou menos assim:

Goleiro: Alisson (Internacional)
Laterais: Daniel Alves (Barcelona) e Filipe Luís (Atlético de Madri)
Zagueiros: Miranda (Internazionale) e Gil (Shandong Luneng)
Volantes: Elias (Corinthians) e Luiz Gustavo (Wolfsburg)
Meias: Willian (Chelsea) e Douglas Costa (Bayern München)
Atacantes: Neymar (Barcelona) e Hulk (Zenit)

E aí, vocês realmente acham que conseguiremos ganhar alguma competição com essa seleção?

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