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BALAS DE COCO CARAMELADAS DA TETÊ

“Não valeria a pena chegar aos setenta anos, se toda a sabedoria do mundo fosse tolice perante Deus.”
GOETHE (1749 ” 1832)

O cotidiano de labuta pós-aposentadoria de Terezinha Maria, nascida em 15 de maio de 1942 em Vitória, no Espírito Santo.

Ela veio para o Rio de Janeiro aos oito anos de idade e vende suas balas de coco carameladas – feitas pela “filha do coração” Adriana – desde 2005. Primeiramente no bairro do Jardim Botânico, na porta do Hospital da Lagoa, onde trabalhou.

E depois, em Botafogo, em frente ao antigo supermercado Extra. Agora, transferiu-se para a Praia de Botafogo, defronte ao Botafogo Praia Shopping, na esquina da Rua Professor Alfredo Gomes ” à noite.
Pessoa muito querida, meiga e delicada, sempre bem arrumada, amiga de todos, é solteira – não transmitiu a nenhuma criatura o legado de sua pureza e ingenuidade.

Tetê (assim prefere ser chamada) mora na Comunidade Santa Marta, no Morro Dona Marta, zona sul carioca, em companhia da gata “Flor-de-Lis”, cuja foto carrega estampada na blusa.

Para aumentar os rendimentos passou a vender também ornamentados e coloridos panos de prato, juntamente com as balas carameladas (ou caramelizadas), fina iguaria de grande procura, cuja fórmula de preparo mantém em segredo.

Do signo de Touro, a segunda constelação zodiacal (Terra, regida por Vênus), a capixaba tem como palavra-chave a PRODUTIVIDADE. Vaidosa, cuida da aparência, mas a timidez também está presente em seu comportamento. Terezinha adora bichos e plantas.

Lê os livros do Padre Marcelo. Já correu maratona (possui medalha comprobatória do feito, que exibe orgulhosa).

Sua qualidade, o carinho; sua virtude, a paciência. Gosta de ser fotografada ” trocou gentilmente comigo muitas balas de coco caramelizadas por fotos que tirei dela, e que aconteceram entre 2012 e 2014.

Vangloria-se ainda que o vídeo – que teve a participação afetiva da amiga Bianca Teixeira ao final -, produzido em sua homenagem, é o meu recordista de visualizações.

A polca “Atraente”, composta de improviso por Chiquinha Gonzaga (1847 – 1935) numa festa, em 1877, cai bem com o temperamento alegre e jovial da Tetê.

A execução é da pianista Rosária Gatti e do GRUPO NOSSO CHORO (Milton de Mori, cavaquinho; José Roberto, violão de sete cordas, e Marcelo Gallani, pandeiro).

“A velhice só começa quando se perde o interesse.”
JEAN ROSTAND (1894 ” 1977), “Caderno de um Biologista”

Texto enviado por Fernando Moura Peixoto (ABI 0952-C)

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